Como previsto, realizou-se [dia 18] um debate sobre o este tema com a participação dos candidatos à Câmara Municipal da Nazaré.
A sessão, iniciada por Rui Remígio, foi um sucesso pois foram atingidos todos os objectivos:
• Candidatos participantes (ordem alfabéticas)
António Peixe (BE)
António Trindade (PS) substituiu Vitor Esgaio
João Delgado (CDU)
Jorge Barroso (PSD)
Paulo Marques (CDS) substituiu Reinaldo Silva
Nota: o Candidato Rui Marques (MON) não compareceu
• A sessão, bem concorrida, foi superiormente moderada pelos Professores Doutores Pedro Gomes Barbosa e João Inês Vaz.
Teve a duração das duas horas, como previsto, e foi seguida de uma sessão animada de uma hora e meia de perguntas pelo público presente com resposta dos Candidatos.
• Principais conclusões:
Considerada, por unanimidade, a importância do Património do concelho um testemunho da identidade nazarena que deverá ser preservado e valorizado.
Considerado também por unanimidade que o Património é um factor indiscutível para o desenvolvimento do Turismo Cultural e para a criação de postos de trabalho qualificados indispensável para a estabilidade económica do concelho da Nazaré e dos Nazarenos.
Neste domínio, os 4 candidatos dos partidos da oposição foram críticos quanto a alguns aspectos da gestão do actual Presidente da Câmara durante os seus 4 mandatos (16 anos). Jorge Barroso replicou da forma que considerou mais adequada
Todos os candidatos apresentaram exemplos concretos de acções a serem desenvolvidas para a preservação do Património, algumas das quais ocasionaram bastante polémica.
Foi elogiada expressamente por alguns candidatos e pelo público em geral esta nova iniciativa da Equipa do PCN – Património Cultural da Nazaré.
(Texto de Rui Remígio)
domingo, 20 de setembro de 2009
domingo, 13 de setembro de 2009
OS JOVENS E O PATRIMÓNIO NAZARENO: UM MAIL DE INÊS ESPADANEIRA
A propósito do próximo debate, a Equipa PCN recebeu no dia 7 um e-mail de Inês Espadaneira, 28 anos, residente no Concelho, que merece a atenção de todos os que se interessam pelo Património Cultural da Nazaré e que, com a devida autorização da sua autora, aqui publicamos:
“Bom dia.
Chamo-me Inês, sou licenciada em Gestão Turística e Cultural, resido em Famalicão e é com muita pena que não posso participar e assistir ao debate por vós concebido.
Considero os temas a abordar deveras importantes, não só para percebermos como está o Turismo na Nazaré presentemente, mas também para obtermos uma boa visão de futuro.
No que respeita ao abandono do Centro Histórico, a meu ver este acontece por lá não existirem condições que permitam que este seja condignamente habitado. Falo do saneamento básico, do tráfego que existe, de muitas casas estarem devolutas e com elevados níveis de degradação. Penso que se observa na Nazaré um pouco o que se passa na Baixa de Lisboa, que foi abandonada aos poucos por estes e outros motivos como a insegurança mas que está agora a ser reabilitada.
Na Nazaré urge usar instrumentos que captem a população para que nele volta a habitar, fomentar a sua reabilitação através de incentivos, através de fundos que existem, manter as ruas limpas, restaurar os edifícios que se encontram devolutos e ao abandono.
Um Centro Histórico bom de se ver é bom para viver. Um Centro Histórico bem tratado capta os turistas a explorá-lo é até uma mais valia que os faça permanecer na vila por mais tempo.
A pergunta que quero deixar é a seguinte:
Se existem planos ( PDM, PP, PU) que regulamentam a tipologia de construções urbanas a efectuar por forma a que estas não descaracterizem a envolvente em que estão inseridas,porque razão na Nazaré assistimos a uma construção que nada tem a haver com a tipologia habitacional da vila?É muito engraçado existirem prédios,até pode estar na moda a sua construção, mas não deve esta ser adequada à tipologia urbana?Não considero muito bonito ver prédios de 3 e 4 andares quase lado a lado com as casas típicas e com o Centro Histórico.
No que concerne à Nazaré como destino turístico, esta é uma questão que dá pano para mangas.
Nos idos anos 50,60 e 70 a Nazaré terá sido de facto um destino de eleição, mas após os anos 80 veio a estagnar a entrar num declínio de elevadas proporções.
Penso que este problema se deve à falta de visão de quem manda e de quem trabalha nesta área. Desde há alguns anos para cá que não se pode pensar que o facto de se ter uma praia e meia dúzia de estabelecimentos hoteleiros faz com que a Nazaré seja um destino porque não o é. Esta mentalidade é inconcebível no século XXI. Ao turista este pensamento já não serve, não é já suficiente o nome Nazaré a mais praia tradicional de Portugal ou algo semelhante, nem as 7saias, nem o peixe seco. No Verão a grande maioria dos turistas fica na Nazaré somente umas horas porque não há nada que o cative a ficar. Não existem infra-estruturas, não existem empresas vocacionadas por exemplo para o touring cultural ou para o turismo de natureza, o património nazareno não é valorizado, nem mostrado,muitas igrejas estão fechadas e as poucas que estão abertas não têm ninguém que possa fazer uma visita guiada ao monumento. Não existem percursos culturais para que os turistas possam conhecer a vila a pé por exemplo.
A representação da Câmara Municipal na Bolsa de Turismo de Lisboa é mínima, e a BTL é o evento onde a Nazaré se pode e deve fazer promover junto do público mas também das outras empresas e operadores que lá se encontram.
Em termos de futuro fala-se na afamada Marina e no famoso Golfe. Estes produtos como âncoras só funcionam como deve ser se forem alavancadas outras atracções, que não são de certeza as 7 saias e as senhoras que alugam quartos...é o património a cultura...É preciso lembrarmo-nos que o público-alvo praticante de golfe a adepto do turismo de recreio é um publico não só com um nível de vida elevado, mas também exigente:não vai servir de muito a existência da marina e do golfe se não houver mais nada em termos culturais.
Considerava importante que todos os candidatos tivessem em mente que a Nazaré como destino não existe desde alguns anos para cá. Não existem planos de desenvolvimento turístico, não existe qualquer aproveitamento dos outros recursos existentes. A Nazaré tem que deixar de ser a praia e ser mais muito mais. Se estes lerem o PENT tirarão de lá umas boas e interessante ilações (enquanto estudante tive que o ler e estudar)
No que respeita à empregabilidade em turismo na Nazaré esta não existe. Empregados qualificados não são em número suficiente, incentivos para a criação de empresas e consequentemente de postos de trabalho não existem. Emprego em turismo na Nazaré tal como o Turismo é sazonal e pouco qualificado. Enquanto existir a mentalidade de que bastam os hotéis e a praia a nível de turismo e de turismo cultural a Nazaré não vai evoluir. Urge que deixem aparecer ideias e caras novas.
Por forma a concluir este meu email que acaba por ser um misto de sugestões, criticas e desabafos menciono que fazem falta inumeras coisas que tornem a Nazaré num destino turistico de eleição:
A construção deve ser adequada à envolvente urbana;
Faz falta um plano de turismo que não mencione os afamados golfe e marina;
É necessária uma inventariação de todos os recursos que existem;
Estabelecimentos hoteleiros e de restauração devem ser adaptados a quem os procura;
Fazem falta empresas de touring cultural e paisagístico e turismo de natureza;
É urgente uma boa promoção a nível nacional e internacional;
É urgente a abertura de novos horizontes.
Se a Nazaré passou para a Região de Turismo do Oeste, deve tomar como exemplo o bom que ai se faz;
Deve-se deixar de olhar para o passado e criar uma visão de futuro.
Atentamente:
Inês”
“Bom dia.
Chamo-me Inês, sou licenciada em Gestão Turística e Cultural, resido em Famalicão e é com muita pena que não posso participar e assistir ao debate por vós concebido.
Considero os temas a abordar deveras importantes, não só para percebermos como está o Turismo na Nazaré presentemente, mas também para obtermos uma boa visão de futuro.
No que respeita ao abandono do Centro Histórico, a meu ver este acontece por lá não existirem condições que permitam que este seja condignamente habitado. Falo do saneamento básico, do tráfego que existe, de muitas casas estarem devolutas e com elevados níveis de degradação. Penso que se observa na Nazaré um pouco o que se passa na Baixa de Lisboa, que foi abandonada aos poucos por estes e outros motivos como a insegurança mas que está agora a ser reabilitada.
Na Nazaré urge usar instrumentos que captem a população para que nele volta a habitar, fomentar a sua reabilitação através de incentivos, através de fundos que existem, manter as ruas limpas, restaurar os edifícios que se encontram devolutos e ao abandono.
Um Centro Histórico bom de se ver é bom para viver. Um Centro Histórico bem tratado capta os turistas a explorá-lo é até uma mais valia que os faça permanecer na vila por mais tempo.
A pergunta que quero deixar é a seguinte:
Se existem planos ( PDM, PP, PU) que regulamentam a tipologia de construções urbanas a efectuar por forma a que estas não descaracterizem a envolvente em que estão inseridas,porque razão na Nazaré assistimos a uma construção que nada tem a haver com a tipologia habitacional da vila?É muito engraçado existirem prédios,até pode estar na moda a sua construção, mas não deve esta ser adequada à tipologia urbana?Não considero muito bonito ver prédios de 3 e 4 andares quase lado a lado com as casas típicas e com o Centro Histórico.
No que concerne à Nazaré como destino turístico, esta é uma questão que dá pano para mangas.
Nos idos anos 50,60 e 70 a Nazaré terá sido de facto um destino de eleição, mas após os anos 80 veio a estagnar a entrar num declínio de elevadas proporções.
Penso que este problema se deve à falta de visão de quem manda e de quem trabalha nesta área. Desde há alguns anos para cá que não se pode pensar que o facto de se ter uma praia e meia dúzia de estabelecimentos hoteleiros faz com que a Nazaré seja um destino porque não o é. Esta mentalidade é inconcebível no século XXI. Ao turista este pensamento já não serve, não é já suficiente o nome Nazaré a mais praia tradicional de Portugal ou algo semelhante, nem as 7saias, nem o peixe seco. No Verão a grande maioria dos turistas fica na Nazaré somente umas horas porque não há nada que o cative a ficar. Não existem infra-estruturas, não existem empresas vocacionadas por exemplo para o touring cultural ou para o turismo de natureza, o património nazareno não é valorizado, nem mostrado,muitas igrejas estão fechadas e as poucas que estão abertas não têm ninguém que possa fazer uma visita guiada ao monumento. Não existem percursos culturais para que os turistas possam conhecer a vila a pé por exemplo.
A representação da Câmara Municipal na Bolsa de Turismo de Lisboa é mínima, e a BTL é o evento onde a Nazaré se pode e deve fazer promover junto do público mas também das outras empresas e operadores que lá se encontram.
Em termos de futuro fala-se na afamada Marina e no famoso Golfe. Estes produtos como âncoras só funcionam como deve ser se forem alavancadas outras atracções, que não são de certeza as 7 saias e as senhoras que alugam quartos...é o património a cultura...É preciso lembrarmo-nos que o público-alvo praticante de golfe a adepto do turismo de recreio é um publico não só com um nível de vida elevado, mas também exigente:não vai servir de muito a existência da marina e do golfe se não houver mais nada em termos culturais.
Considerava importante que todos os candidatos tivessem em mente que a Nazaré como destino não existe desde alguns anos para cá. Não existem planos de desenvolvimento turístico, não existe qualquer aproveitamento dos outros recursos existentes. A Nazaré tem que deixar de ser a praia e ser mais muito mais. Se estes lerem o PENT tirarão de lá umas boas e interessante ilações (enquanto estudante tive que o ler e estudar)
No que respeita à empregabilidade em turismo na Nazaré esta não existe. Empregados qualificados não são em número suficiente, incentivos para a criação de empresas e consequentemente de postos de trabalho não existem. Emprego em turismo na Nazaré tal como o Turismo é sazonal e pouco qualificado. Enquanto existir a mentalidade de que bastam os hotéis e a praia a nível de turismo e de turismo cultural a Nazaré não vai evoluir. Urge que deixem aparecer ideias e caras novas.
Por forma a concluir este meu email que acaba por ser um misto de sugestões, criticas e desabafos menciono que fazem falta inumeras coisas que tornem a Nazaré num destino turistico de eleição:
A construção deve ser adequada à envolvente urbana;
Faz falta um plano de turismo que não mencione os afamados golfe e marina;
É necessária uma inventariação de todos os recursos que existem;
Estabelecimentos hoteleiros e de restauração devem ser adaptados a quem os procura;
Fazem falta empresas de touring cultural e paisagístico e turismo de natureza;
É urgente uma boa promoção a nível nacional e internacional;
É urgente a abertura de novos horizontes.
Se a Nazaré passou para a Região de Turismo do Oeste, deve tomar como exemplo o bom que ai se faz;
Deve-se deixar de olhar para o passado e criar uma visão de futuro.
Atentamente:
Inês”
sábado, 12 de setembro de 2009
LANÇAMENTO DO LIVRO "NAZARÉ MAR E TERRA: POVO COM HISTÓRIA
Este blogue dá início hoje à publicação de notícias sobre eventos culturais, a pedido ou por iniciativa da Equipa PCN.
A pedido do autor, difundimos a seguinte notícia referente ao lançamento do livro
"Nazaré mar e terra: povo com história":
. Data e hora: 20 de Setembro, 16h
. Local: Biblioteca municipal
. Detalhes: Autor - Júlio Faustino.
Mais pormenores no site CMN.
A pedido do autor, difundimos a seguinte notícia referente ao lançamento do livro
"Nazaré mar e terra: povo com história":
. Data e hora: 20 de Setembro, 16h
. Local: Biblioteca municipal
. Detalhes: Autor - Júlio Faustino.
Mais pormenores no site CMN.
CANDIDATOS ASSEGURAM DEBATE DE 6.ª FEIRA
A maioria dos partidos candidatos às eleições para as Autarquias Locais, na Nazaré, convidados para participarem na Jornada que a Equipa PCN - "Património Cultural da Nazaré" vai realizar já na próxima 6.ª feira, na Adega Oceano, a partir das 20h, asseguraram já a sua presença.
Assim, no Debate moderado pelos Professores. Doutores Pedro Gomes Barbosa (Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa) e João Inês Vaz (Universidade Católica de Viseu), previsto com início para as 21h30, estarão presentes os seguintes candidatos:
- António Peixe (Bloco de Esquerda)
- João Delgado (PCP)
- Paulo Marques (CDS)
- Rui Marques (Movimento Obviamente Nazaré)
- Vitor Esgaio (PS)
Aguardamos ainda confirmação da presença do representante da candidatura do PSD.
Assim, no Debate moderado pelos Professores. Doutores Pedro Gomes Barbosa (Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa) e João Inês Vaz (Universidade Católica de Viseu), previsto com início para as 21h30, estarão presentes os seguintes candidatos:
- António Peixe (Bloco de Esquerda)
- João Delgado (PCP)
- Paulo Marques (CDS)
- Rui Marques (Movimento Obviamente Nazaré)
- Vitor Esgaio (PS)
Aguardamos ainda confirmação da presença do representante da candidatura do PSD.
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